OBJETIVO GERAL

OBJETIVO GERAL: Criar e fortalecer comunidades eclesiais missionárias enraizadas na Palavra de Deus e nas realidades da diocese, tendo a missão como eixo fundamental.

domingo, 27 de novembro de 2016

NOTA DA CNBB SOBRE A “REFORMA DO ENSINO MÉDIO” – MP 746/16


NOTA DA CNBB SOBRE A “REFORMA DO ENSINO MÉDIO” – MP 746/16
“A fim de que os estudantes tenham esperança!”
(Papa Francisco, 14 de março de 2015)


O Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília-DF, nos dias 22 e 23 de novembro de 2016, manifesta inquietação face a Medida Provisória 746/16 que trata da reforma do Ensino Médio, em tramitação no Congresso Nacional.

Segundo o poder executivo, a MP 746/16 é uma proposta para a superação das reconhecidas fragilidades do Ensino Médio brasileiro. Sabe-se que o modelo atual, não prepara os estudantes para os desafios da contemporaneidade. Assim, são louváveis iniciativas que busquem refletir, debater e aprimorar essa realidade. 

Contudo, assim como outras propostas recentes, também essa sofre os limites de uma busca apressada de solução. Questão tão nobre quanto a Educação não pode se limitar à reforma do Ensino Médio. Antes, requer amplo debate com a sociedade organizada, particularmente com o mundo da educação. É a melhor forma de legitimação para medidas tão fundamentais. 

Toda a vez que um processo dessa grandeza ignora a sociedade civil como interlocutora, ele se desqualifica. É inadequado e abusivo que esse assunto seja tratado através de uma Medida Provisória.

A educação deve formar integralmente o ser humano. O foco das escolas não pode estar apenas em um saber tecnológico e instrumental. Há que se contemplar igualmente as dimensões ética, estética, religiosa, política e social. A escola é um dos ambientes educativos no qual se cresce e se aprende a viver. Ela não amplia apenas a dimensão intelectual, mas todas as dimensões do ser humano, na busca do sentido da vida. Afinal, que tipo de homem e de mulher essa Medida Provisória vislumbra?

Em um contexto de crise ética como o atual, é um contrassenso propor uma medida que intenta preparar para o mercado e não para a cidadania. Dizer que disciplinas como filosofia, sociologia, educação física, artes e música são opcionais na formação do ser humano é apostar em um modelo formativo tecnicista que favorece a lógica do mercado e não o desenvolvimento integral da pessoa e da sociedade.

Quando a sociedade não é ouvida ela se faz ouvir. No caso da MP 746/16, os estudantes reclamaram seu protagonismo. Os professores, já penalizados por baixos salários, também foram ignorados. Estes são sinais claros da surdez social das instâncias competentes. 

Conclamamos a sociedade, particularmente os estudantes e suas famílias, a não se deixar vencer pelo clima de apatia e resignação. É fundamental a participação popular pacífica na busca de soluções, sempre respeitando a pessoa e o patrimônio público. A falta de criticidade com relação a essa questão trará sérias consequências para a vida democrática da sociedade.

Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, interceda por nós.

Brasília, 23 de novembro de 2016.


Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ
Arcebispo de São Salvador da Bahia
Presidente em Exercicio da CNBB


Dom Guilherme A. Werlang, MSF
Bispo de Ipamerí
Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade da Justiça e da Paz


Dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB



NOTA DA CNBB SOBRE A LEGALIZAÇÃO DOS JOGOS DE AZAR NO BRASIL


SG – Nº. 0779/16

NOTA DA CNBB SOBRE A LEGALIZAÇÃO DOS JOGOS DE AZAR NO BRASIL

Uma árvore má não pode dar frutos bons (cf. Mt 7,18)


      A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, através de sua Presidência, acompanha com apreensão a avançada tramitação na Câmara de Deputados e no Senado Federal do PL 442/91 e do PLS 186/14, que têm como objetivo regulamentar a exploração de jogos de azar no país. Reafirmamos o nosso histórico posicionamento acerca desta questão, rejeitando essas novas tentativas de legalização dos jogos de azar. 

     Os argumentos de que a legalização do jogo de azar aumentará a arrecadação de impostos, favorecerá a criação de postos de trabalho e contribuirá para tirar o Brasil da atual crise econômica, seguem a nefasta tese de que “os fins justificam os meios”. Esses falsos argumentos não consideram a possibilidade de associação dos jogos de azar com a lavagem de dinheiro e o crime organizado. Os cassinos podem facilmente transformar-se em instrumentos para que recursos provenientes de atividades criminosas assumam o aspecto de lucros e receitas legítimas. Preocupa-nos a falta de uma discussão aprofundada da questão e a indiferença de muitos frente às graves consequências da legalização dos jogos de azar no Brasil.

       Cabe-nos, por razões éticas e evangélicas, alertar que o jogo de azar traz consigo irreparáveis prejuízos morais, sociais e, particularmente, familiares. Além disso, o jogo compulsivo é considerado uma patologia no Código Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde. O sistema altamente lucrativo dos jogos de azar tem sua face mais perversa na pessoa que sofre dessa compulsão. Por motivos patológicos, ela acaba por desprezar a própria vida, desperdiçar seus bens e de seus familiares, destruindo assim sua família. Enquanto isso, as organizações que têm o jogo como negócio prosperam e seus proprietários, os “senhores do jogo”, se tornam cada vez mais ricos. Nosso país não precisa disso!

     A autorização do jogo não o tornará bom e honesto. Conclamamos aos representantes do povo brasileiro no Congresso Nacional a votarem contra estes projetos e qualquer outro que pretenda regularizar os jogos de azar no Brasil. Tenham certeza de que o voto favorável será, na prática, um voto de desprezo por nossas famílias e seus valores fundamentais.

       Contando com a intercessão de Nossa Senhora Aparecida, possamos construir um Brasil justo, honesto e honrado!

Brasília, 16 de novembro de 2016.


Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB

Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ
Arcebispo de São Salvador da Bahia
Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB

FECHAMENTO DA PORTA DA MISERICÓRDIA


Fechamento da Porta da Misericórdia na Diocese de Zé Doca no domingo dia 20/11/2016.





ano da Misericórdia termina, mas as atitudes de misericórdia devem permanecer!

sábado, 26 de novembro de 2016

PARA QUE FAZER TRANSFERÊNCIAS DE PADRES ENTRE PARÓQUIAS


          Por que o Bispo precisa transferir padres? Esta pergunta, olhando as reações a essa prática comum na Igreja, poucos se fazem ou buscam respostas. Normalmente ficam em posturas mais afetivas ou possessivas: “nosso padre”, “ele estava bem aqui”, “ele não pode sair”, “o senhor não pode tira-lo de nós”... Apesar de haver também os que querem ver longe o padre que têm e apresentam até listas de “queremos estes”. Este tempo é sempre de fadiga e de caras feias. Mas de aprendizado e de graça! 

          Vamos jogar alguma luz sobre isso! O Bispo não transfere porque tem prazer em fazer isso, porque simplesmente “faz parte” ou porque quer exercitar sua capacidade de reorganizar a diocese a cada ano. Antes de reclamar ou reagir, pense nestas dez palavras:

1) A transferência não é um ato arbitrário e autoritário que recai e pesa sobre a pessoa do bispo. As decisões e transferências são pensadas e construídas num conselho de padres, demandam longas conversas e, às vezes, várias reuniões. Não estamos brincando com pessoas. Os padres são colaboradores indispensáveis e preciosos do bispo, que não tem de cuidar desta ou daquela paróquia, mas de todas, ao mesmo tempo. Todas as transferências foram conversadas, construídas com cada padre. Ninguém foi transferido “a ferro e fogo”, acorrentado e arrastado. Até isso, é bom não esquecermos, pois Jesus o previu a Pedro (Jo 21,15-19). Acerca dos transferidos, houve uma ou mais propostas, uma justificativa, um convite, uma decisão tomada a dois ou a três. Sei o quanto é difícil transmiti-la ao povo, mas ela não foi impositiva e vertical.

2) Normalmente, e isso é humano e bom, criam-se amizades fortes e importantes com o padre durante o tempo, curto ou longo, de permanência, mas não se pode esquecer que o padre não é “seu” ou “nosso”, mas é da Igreja, da Diocese e colaborador do bispo. Isso não é arbitrário, é da natureza da nossa vocação sacerdotal e episcopal.

3) O Direito Canônico fala de uma estabilidade ao pároco (seis anos e mais seis), mas isso não significa que não possa sair antes disso, se há acordo entre o bispo e este padre para outro lugar de missão. Os administradores paroquiais não gozam desta estabilidade canônica. Por isso, a prática entre nós tem sido fazer os padres, por um ano, administradores paroquiais e, se houve bom ajuste e empatia, faze-los párocos ao final deste período.

4) Neste período, podem aparecer outras necessidades, podem aparecer situações que obriguem a repensar a presença dele ali, podem existir desarranjos e incompatibilidades, e isso obriga a repensar a colocação. Isso não precisa ser trazido à baila. São situações e motivos que ficam guardados no coração do Bispo, até que Deus o faça esquecer. Não precisamos expor as pessoas. Nem apresentar motivos para explicar o que não deu certo. Não é necessário dar os motivos. Basta tê-los. Isso capacita a consciência para agir. Ninguém tem botão de “ajuste automático”. Os ajustes se fazem a modo humano, com riscos, acertos e erros.

5) A justificativa de o padre ser bom e querido, ter pouco tempo ali, ter feito bons trabalhos, tudo isso é louvável, mas os critérios são mais abrangentes. A vida paroquial é um leque de responsabilidades, competências e interlocuções. Ninguém é bom em tudo (ou poucos são bons em tudo!). Daí a necessidade de se avaliar a permanência ou não por critérios que ultrapassam o afetivo e o prático. A vida paroquial, sobretudo para os que estão sozinhos numa paróquia, exige múltipla atenção e variada atuação por parte do padre. Aprender isso é um caminho. Nem sempre feito no lugar onde o padre se encontra no momento.

6) É mais fácil apresentar o pedido de transferência quando a permanência já se esticou e até ultrapassou tempos legais. A mudança fará bem a todos, ao padre e à comunidade. Isso obriga a repensar relações, modos de servir e processos novos. Ninguém goza de estabilidade indefinida, nem os bispos! Prazos ajudam a gente a rever muitas posturas, manias e relações.

7) Os padres que são vigários paroquiais, se têm e mostram vontade e capacidade, podem e devem assumir tarefas e lugares mais exigentes. Não se pode deixa-los sempre nesta condição, se estão aptos para “outras águas”.

8) Há também a postura fechada que assegura que a paróquia “nunca será a mesma” se o padre sair. Nem a paróquia nem ninguém é o mesmo nunca. Cada dia, cada pessoa, cada situação põem acréscimos novos (bons ou maus). Como posso saber que o outro que vem é, por antecipação, incapaz de continuar e fazer avançar um processo iniciado? Não é precipitação e preconceito? Vidas e relações experimentamos não a partir de fora, mas a partir de dentro.

9) Se um determinado sacerdote é dotado de muitas qualidades e competências a ponto de trazer grandes alegrias e avanços a uma comunidade, ele não pode ser possuído por esta comunidade como um “bem inalienável”. Outros lugares precisam dele e dos seus dons. Ele pode ser o pastor que a comunidade vizinha precisa em vista de suas demandas pastorais, espirituais, administrativas, humanas...

10) A última coisa, mesmo tendo ainda outras considerações, é que nós, padres diocesanos, não estamos desobrigados da dimensão missionária da nossa vocação sacerdotal. Por mais que eu tenha meus gostos e meu perfil, não posso me limitar ao universo de duas ou três paróquias que “teriam meu estilo”. A missão se vive em tempos e modos diferentes. Numa paróquia com a qual eu me identifico menos, talvez não fique tanto tempo como numa outra mais conforme meu perfil, mas isso não me dispensa de pequenas experiências. Elas têm uma força de testemunho diante do povo de Deus, dos demais irmãos padres e dos seminaristas. 

          Quando chegar a minha vez de ir, mesmo querendo ficar entre os meus, vou pensar eu também nestas palavras! Abraço a todos! Tomara que isso circule, como circulam comentários de crítica e inaceitação.



 Dom José Carlos Campos
Bispo de Divinópolis-MG

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

ASSEMBLEIA ELETIVA DA PRESIDÊNCIA DIOCESANA DA RCC DE ZÉ DOCA

          Nos dias 18 e 19 de novembro o Conselho Diocesano da Renovação Carismática Católica se reuniu na cidade de Governador Nunes Freire com o objetivo de realizar a Assembleia Eletiva para sua Presidência.

          Estiveram presentes a Presidente do Concelho Diocesano da RCC Zé Doca, Eloísa Bárbara; enquanto Conselho Diocesano os coordenadores Iara Miranda, coordenadora do GO Oráculo do Senhor de Zé Doca; Sarah Lorena, coordenadora do GOU Sarça Ardente; Dionísio,  coordenador do GO Renascer no Espírito, de Santa Luzia do Paruá; Jair Mota, coordenador do GO Imaculado Coração de Maria de Nunes Freire; Rosilene, coordenadora do GO Jesus Salvador de Maracaçumé; Antonia Nascimento, coordenadora do GO Nossa Senhora das Graças de Centro Novo; Rosália Ferreira, coordenadora do GO Emanuel de Carutapera e Iracilda Alda, coordenadora do GO Fonte de Água Viva de Cândido Mendes. Enquanto núcleo diocesano estiveram presentes Socorro França, secretária da RCC; Ulisses Eleutério, coordenador do Ministério de Pregação; Camila Carvalhal, do Ministério de Intercessão; Lueny Amorim, coordenadora do Ministério de Música e Artes; Edivaldo Moraes, coordenador do Ministério Jovem; João Victor, coordenador do Ministério de Comunicação e Rhâmilla Muniz, coordenadora do Ministério para Crianças; e Gilmakes Carvalho. Por motivos de força maior, não puderam está presente na Assembleia os coordenadores do GO Filhos de Maria, de Bom Jardim, Rafael Sena e do GO Divino Espírito Santo, Abnael Sousa; assim como a coordenadora diocesana do Ministério de Oração por Cura e Libertação, Lindinalva. 

          No primeiro dia, todos os coordenadores de grupos de orações e ministérios, se reuniram em adoração, para clamar e agradecer ao Senhor por esse biênio ao qual teve a frente como Presidente do Concelho Diocesano da RCC-Zé Doca, Eloísa Bárbara do Grupo de Oração Fonte de Água Viva. Foi um momento de grande louvor e clamor ao Senhor; além de ser un momento também de escutar a voz do Pai.

          A eleição foi realizada no dia seguinte pela manhã, onde o Presidente do Conselho Diocesano da RCC -Pinheiro, Carlos Jansem estava em nome do Conselho Estadual para orientar e acompanhar este momento eletivo. Após as orientações e momento de oração, os conselheiros votaram e Eloisa Barbara foi reeleita para presidir o Conselho no biênio 2017-2018.

          A assembleia foi encerrada com a celebração da Santa Missa presidida pelo pároco de Nunes Freire, padre Abbas.

          Agradecemos a Deus por ele ter manifestado a sua vontade no meio dos homens e contamos com vossas orações para que o Senhor possa continuar a guiar Eloisa Barbara nesse serviço que ele a ela confiou, mandando sempre o Espírito Santo para a ela iluminar, dando força e perseverança.

Fonte: MCS RCCZEDOCA






REPRESENTAÇÃO DA DIOCESE DE ZÉ DOCA NO ENCONTRO NA AMAZONIA


          Aconteceu nos dias 15 e 16 de novembro o II encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal.  O encontro teve início na manhã de terça-feira, 15, com uma missa solene que contou com a presença da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré. Estavam presentes os Bispos, padres, religiosos, religiosas e lideranças de pastoral dos Regionais da CNBB: Regional Norte 1: Norte do Amazonas e Roraima; Norte 2: Amapá e Pará; Norte 3: Tocantins; Nordeste 5: Maranhão; Oeste 2: Mato Grosso e Noroeste: Acre, sul do Amazonas e Rondônia. A diocese de Zé Doca foi representada pelo Pe. Paulo Ricardo coordenador da Pastoral Indigenista na diocese e no Regional.

          O evento aconteceu na Comunidade Monte Tabor, localizada em Icoaraci, Região Metropolitana de Belém e contou com a participação de estudiosos e especialistas do tema e teve como objetivo discutir a realidade política, social, econômica, cultural e religiosa da região, e a contribuição da Igreja Católica para a promoção e defesa da vida dos seus habitantes e de sua biodiversidade. Com o objetivo de incentivar as ações da Igreja na Amazônia, a Comissão Episcopal para a Amazônia (CEA), criada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O primeiro encontro aconteceu em Manaus (AM), em 2013.

          Na ocasião, os participantes divulgaram uma carta compromisso com o objetivo de encorajar e dar ânimo aos representantes das dioceses e prelazias situadas na Amazônia. No texto, eles afirmam que refletiram sobre a realidade social e eclesial atual, e que diante dessa perspectiva constataram que o processo de mudança deve ser constante.

          “É possível, urgente e vital participarmos ativa e responsavelmente da nova época que está surgindo para o planeta terra, para a humanidade inteira e também para a Amazônia. Somos semeadores de fé, esperança e amor. O semeador nunca desiste de semear, mesmo quando não sabe se verá os frutos maduros das sementes do bem e da justiça plantadas no chão e regadas com lágrimas, fadigas, corajosa perseverança e paciência evangélica”, diz um trecho da carta.

          Na carta, os participantes manifestam total apoio aos povos indígenas e aos que vivem dos frutos do campo, da floresta e dos rios. Eles denunciam como “imorais” as manobras legislativas que ameaçam os direitos dos povos indígenas e das comunidades tradicionais. “Sentimos a necessidade de uma maior presença da Igreja junto às comunidades espalhadas nesta imensa Amazônia”, destaca a nota.

          Os participantes enfatizam, ainda, a importância da renovação dos ministérios ordenados e laicais, confiando na variedade dos carismas e na força da unidade e da comunhão. Eles também reconhecem a missão própria dos leigos, pois “são a Igreja presente no coração da sociedade, sal da terra, luz do mundo, sinais do Reino que cresce na história humana”.

          No final da carta, os participantes do Encontro agradecem ao papa Francisco pelo empenho, dedicação e documentos sobre a ecologia integral. Também proferem palavras de carinho à Igreja de Belém pela acolhida.

          Foi também lembrado a realização dos Seminários da REPAM (Rede Eclesial Panamazônica) que terão como objetivo, de conhecer as diversas realidades dos vários cenários da Amazônia Legal. Além disso, identificar os desafios, as iniciativas, as forças, e as formas de organizações existentes, com a finalidade de fortalecer as várias experiência e ações evangelizadoras. A base do evento é a Encíclica Laudato Si’, na qual o Papa Francisco faz uma motivação para uma reflexão sobre temática do cuidado com a CASA COMUM, ressaltando ainda a importância significativa da Amaz&oci rc;nia. O seminário da REPAM acontecerá em nossa diocese nos dias 17 a 19 no Centro Diocesano com participação de pastorais movimentos e Dioceses vizinhas.

Pe. Paulo Ricardo              
Paróquia Nossa Senhora da Conceição
Governador Newton Bello          




MISSIONÁRIAS DO SANTO NOME DE MARIA VISITA A DIOCESE DE ZÉ DOCA

          ECOS DA VISITA À DIOCESE DE ZÉ DOCA/MA

          Tudo começou no final do ano de 2014, quando num telefonema de Dom João Kot, OMI, à Casa Provincial, em Maringá, dizia ter encontrado o nome da Congregação das Irmãs Missionárias do Santo Nome de Maria no site. Ao se apresentar, justificou também o motivo de seu contato.

           Na Assembleia geral da Província ocorrida em meados de fevereiro de 2015, partilhei com todas as Irmãs a respeito do contato de Dom João. Até então, não sabíamos da existência da Diocese de Zé Doca, no Maranhão.

           O tempo passou... e o nome de “Zé Doca” permaneceu no nosso pensamento e  coração. Algumas vezes fui interpelada pelas Irmãs: “...e Zé Doca?” Neste contexto, retomamos contato com o Bispo em final de agosto do corrente ano, no qual  já falamos sobre a possibilidade de conhecermos um pouco a realidade da Diocese através de uma visita in locu.

           O tão esperado dia chegou. Partimos, Ir. M. Beatriz e Ir. M. Mary para uma visita à Diocese de Zé Doca, MA - de 04 a 10 de novembro. Ao chegar no aeroporto de São Luis, fomos recebidas com muito carinho pelo casal Dídimo e Rizalva acompanhado pelo seminarista Jakson. Do aeroporto fomos direto ao Seminário Maior da Diocese de Zé Doca, onde pernoitamos. Não bastasse todo acolhimento por parte do casal e seminaristas, à noite, fomos presenteadas mais uma vez, com a companhia dos três que nos levaram a conhecer alguns pontos relevantes da cidade de São Luis: ruas, praças, templos, praias... , com suas histórias e significados que nos encantaram.

           No entanto, a viagem continuou..., no dia seguinte às 6h da manhã partimos de ônibus – Rota do Mar - em direção à cidade de Zé Doca. Graças à presença do Bispo, Dom João e do Pe. Agnaldo, Reitor do Seminário Maior, que nos aguardavam no ponto de desembarque, após seis horas de viagem, percebemos que tínhamos chegado.

           Já no primeiro contato, sentimo-nos em casa. Fomos direto ao Centro Diocesano São João XXIII, onde acontecia a XIII Assembleia Diocesana de Pastoral. Aí tivemos um primeiro contato com todos os Padres, religiosas/os, seminaristas e algumas das lideranças das comunidades da Diocese. Logo após o almoço tivemos um pequeno encontro com os Párocos das duas comunidades que o Bispo sugeriu que visitássemos: Pe Nato, Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição da cidade de Cândido Mendes no litoral e Pe. Marcio Junior, Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição da cidade de Maracaçumé localizada na BR. Sentimos o carinho e o acolhimento por parte dos sacerdotes que iriam nos receber nas suas comunidades.


           Um tanto animadas e apreensivas , domingo após o almoço, deixamos a cidade de Zé Doca e partimos de Kombi com o Pe. Nato e alguns líderes para a cidade de Cândido Mendes, primeira comunidade a ser visitada. Chegando, iniciamos a nossa visita com uma caminhada pela cidade e alguns contatos com a liderança. À noite, participamos da Celebração Eucarística, por sinal, muito bem preparada com a igreja lotada. Apesar de todo trabalho de assembleia somado às cinco horas de viagem, aproximadamente, Pe. Nato não demonstrava cansaço, mas sim alegria e disposição em nos proporcionar o máximo de experiência no tempo que tínhamos à disposição.

           E assim, na manhã de segunda feira saímos a visitar as comunidades do interior. Realidade diferente, sobretudo marcada pela simplicidade, pela atenção, pelo carinho e pelo acolhimento por parte de todos e em especial, da liderança que nos acolheu em suas casas. Não poderia ter faltado a aventura que o Padre, juntamente com alguns líderes da comunidade, nos proporcionaram – retornar à noite para a cidade na garupa de moto, percorrendo um trecho bastante longo e sem asfalto. Experiência inédita!

           Ainda nos restava um tempo na manhã de terça e assim continuamos a conhecer alguns pontos referenciais da Paróquia que o Padre nos quis apresentar. Conforme o planejado, à tarde deveríamos chegar na segunda comunidade, Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição do Pe. Marcio Junior na cidade de Maracaçumé. Assim encerramos a visita de uma paróquia do litoral para iniciarmos a nossa visita numa paróquia localizada na BR. 


           Ainda pela manhã, saímos rumo à próxima comunidade a ser visitada. No caminho visitamos  Pe. Cosmo e Mons. Mario em Carutapera, com quem partilhamos um delicioso almoço. Prosseguindo mais um trecho, chegamos. Pe. Marcio Junior nos acolheu com alegria e muita disposição para nos apresentar a sua comunidade. Após um rápido giro pela cidade, à noite visitamos a comunidade do Cajueiro, onde tivemos a alegria de participar de uma procissão seguida de uma festiva Celebração Eucarística. Foi muito carinhosa a acolhida por parte do Padre e da comunidade.

           Iniciamos o dia seguinte visitando várias comunidades urbanas da Paróquia. Chamou-nos a atenção a dinâmica de participação e organização das mesmas. Várias se encontram num processo de construção e ampliação. Visitamos também as comunidades rurais, do interior.

           Às 12h fizemos uma pausa para saborear um delicioso almoço partilhado numa chácara, com a presença de alguns líderes e membros da comunidade do Cajueiro. Após o almoço visitamos ainda as comunidades que restavam. 

           Encerrado o programa de visita, retornamos à casa paroquial onde nos aguardava o Pe. Pedro, Reitor do Seminário Propedêutico de Zé Doca, que veio até Maracaçumé especialmente para nos buscar.

           Finalmente chegou a hora de retornar. Após um trajeto de 2h aproximada, chegamos na residência episcopal em Zé Doca. O Bispo nos aguardava com um programa especial. Primeiro, celebramos a Eucaristia na capelinha da sua residência. Mais tarde, um encontro fraterno com a presença do Bispo, do Pe. Brito, Pe. Pedro e das Irmãs da Sagrada Família, com um rico e delicioso lanche. Tudo muito especial porque organizado com carinho e dedicação por Dom João.

           Na madrugada do dia seguinte nos despedimos de Zé Doca embarcando na lotação rumo a São Luis para retornar a Maringá. Após 6h de viagem aproximadamente, novamente fomos acolhidas no Seminário, onde almoçamos e logo após  Pe. Agnaldo e Jakson nos deixaram no aeroporto.

           Assim encerramos uma rica, intensa e inesquecível experiência missionária. Resta-nos expressar a nossa profunda gratidão a todos – Bispo, Padres, seminaristas, religiosas/os e leigos – da Diocese de Zé Doca - que nos proporcionaram momentos tão especiais, impossíveis de descrever com palavras. 

           Obrigada de coração! Deus abençoe e recompense a todos (as).

Nosso abraço fraterno, 

Ir. M. Beatriz Fernandes
Provincial








segunda-feira, 21 de novembro de 2016

II ENCONTRO DA IGREJA CATÓLICA NA AMAZÔNIA LEGAL


Carta compromisso


“Abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis.
Alegrai-vos com os que se alegram, chorai com os que choram” (Rm 12,14-15).

Nós, bispos, padres, diáconos, religiosos, religiosas, assessores, leigos e leigas, reunidos em Belém do Pará, no II Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal, enviamos esta Carta Compromisso, de coragem e de esperança, aos irmãos e às irmãs das nossas Dioceses, Prelazias e a todos as pessoas que quiserem ouvir a nossa voz.


 Estamos vivendo um momento difícil da história do Brasil e da humanidade. A crise econômica, as pragas da guerra, da corrupção e da violência e o fenômeno das migrações forçadas são consequências de uma crise bem mais profunda, caraterizada pela perda de valores referenciais, tais como: a vida e dignidade humanas, o direito a existência das diferentes espécies vegetais e animais que sofrem a incontrolável destruição do maravilhoso jardim da criação, ainda visível em muitos recantos desta verde Amazônia. Os projetos predatórios que aqui se alastram, pelos rios e pelas matas, não levam em conta os direitos da natureza, dos povos indígenas e das comunidades tradicionais que, desde sempre, convivem em harmonia e respeito com o ambiente, na casa comum, dádiva milenar. O mito do progresso sem limites e do lucro a qualquer custo continuam prometendo o sonho do paraíso aqui na terra, ao alcance de todos. Na realidade, assistimos à exclusão social, à discriminação dos povos indígenas e das comunidades tradicionais, ao inchaço das periferias pobres das nossas cidades. Unimos a nossa voz a tantos que denunciam que “este sistema exclui, destrói e mata” (Grito dos Excluídos 2016).


Estamos conscientes da nossa responsabilidade de sermos testemunhas da alegria do Evangelho com as nossas vidas e com o compromisso de denunciar os males e de anunciar a esperança do reino de Deus: “reino eterno e universal, reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça do amor e da paz” (Prefácio: Cristo, rei do universo). Lamentamos o distanciamento entre a Igreja e os movimentos populares. Pedimos perdão pelas vezes que ficamos calados e omitimos a nossa solidariedade aos pobres e sofredores, aos injustiçados e às vítimas do sistema destruidor que mercantiliza a vida. A Igreja em saída, que o Papa Francisco nos pede, deve ser, em primeiro lugar, uma Igreja samaritana, companheira de caminhada, que evangeliza com a compaixão e a misericórdia, confiante na presença viva e profética do Divino Espírito Santo.

Refletindo sobre a realidade social e eclesial, à luz dos novos desafios que a história nos impõe, confirmamos e atualizamos alguns dos compromissos assumidos nos Encontros anteriores. O processo de mudança é constante e acontece de forma mais rápido que no passado. É possível, urgente e vital participarmos ativa e responsavelmente da nova época que está surgindo para o planeta terra para a humanidade inteira e também para a Amazônia.  Somos semeadores de fé, esperança e amor. O semeador nunca desiste de semear, mesmo quando não sabe se verá os frutos maduros das sementes do bem e da justiça plantadas no chão e regadas com lágrimas, fadigas, corajosa perseverança e paciência evangélica.

Apoiamos o esforço dos povos indígenas e dos que vivem dos frutos do campo, da floresta e dos rios, pela proteção das terras e das águas que dão sustento às suas comunidades e às suas culturas. Denunciamos como imorais as manobras legislativas que ameaçam os direitos dos povos indígenas e das comunidades tradicionais consagrados pela Constituição de 1988. A lição de harmonia, respeito e sustentabilidade destes povos vale para o planeta inteiro e para toda a humanidade. Desmascara os ídolos da ganância, do consumo e do desperdício.

Constatamos o silêncio de grande parte dos Meios de Comunicação a respeito da crescente violência, perseguição e criminalização de lideranças camponesas, indígenas e de entidades que defendem os direitos humanos, como a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e o Conselho Indigenista Missionário (CIMI).

Sentimos a necessidade de uma maior presença da Igreja junto às comunidades espalhadas nesta imensa Amazônia. Preocupa-nos, em muitas delas, a ausência da celebração eucarística, memorial da vida doada de Cristo e da sua vitória sobre o mal e a morte. A realidade urbana desafia também a cada paróquia a se tornar verdadeira Comunidade de Comunidades. Precisamos renovar os ministérios ordenados, promover e valorizar os ministérios laicais, confiando na variedade dos carismas e na força da unidade e da comunhão. Reafirmamos a importância do ministério da Palavra para a missão evangelizadora, para a Iniciação à Vida Cristã e para a formação permanente. A promoção do ministério da coordenação ou do pastoreio pode dar ânimo e energia aos animadores e às animadoras de comunidades, de grupos e de pastorais. Como fruto do Ano da Misericórdia, somos chamados a promover o ministério do perdão, da reconciliação e da paz, também fora do sacramento da penitência, preparando agentes para favorecer o diálogo, o encontro e o perdão entre pessoas, famílias e comunidades.

Comprometemo-nos a promover a formação dos candidatos ao ministério ordenado para que estejam a serviço das nossas comunidades, livres do mundanismo, do carreirismo, do clericalismo e do autoritarismo. Que saibam confiar nos leigos e nas leigas como sujeitos verdadeiramente responsáveis da ação evangelizadora da Igreja para colaborar com todas as pessoas de boa vontade “na construção do desenvolvimento social e cultural” (EG 67).

Reconhecemos a missão própria dos leigos e das leigas na família, no trabalho, na cultura, nos meios de comunicação, na política, na universidade, na arte e no lazer. Eles e elas são a Igreja presente no coração da sociedade, sal da terra, luz do mundo, sinais do Reino que cresce na história humana.



Alimentamos a esperança que a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), possa contribuir eficazmente com a resistência dos povos indígenas e das comunidades tradicionais, incentive o diálogo e a colaboração entre as Igrejas na obra da evangelização, na defesa e cuidado com a casa comum e na promoção da fraternidade solidária.

Agradecemos ao Papa Francisco, querido amigo da Amazônia, pelo seu empenho, dedicação, documentos e pronunciamentos, que nos encoraja a uma missão mais ousada em defesa da vida no horizonte de uma ecologia integral (LS 137).

Nossa gratidão à Igreja de Belém que nos acolheu nestes dias e que celebra com alegria os 400 anos do início da Evangelização em terras amazônicas. A memória dos primeiros missionários nos ajuda a vencer o medo de abrir caminhos novos. Estes irmãos e irmãs que precederam tiveram esta coragem, porque acreditaram no único Senhor Jesus Cristo, Caminho rumo ao Pai, Verdade que nos liberta e Vida plena, dom gratuito do Espírito. Rogamos a Maria, nossa Senhora de Nazaré, padroeira da Amazônia e estrela da evangelização, que nos acompanhe sempre com a sua maternal proteção.


Belém, 16 de novembro de 2016


Os participantes do II Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal


quinta-feira, 17 de novembro de 2016

MAPA DA DIOCESE DE ZÉ DOCA - MA


XIII ASSEMBLEIA DIOCESANA DE PASTORAL - 2016




           A Diocese de Zé Doca realizou nos dias 04,05 e 06 de Novembro do corrente ano, sua XIII Assembleia Diocesana de Pastoral.  Um encontro de estudos que teve como tema norteador apartir do texto da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico Catequética da CNBB: Itinerário Catequético a Iniciação a vida cristã: Uns processos de inspiração catecumenal, assessorado por Josenilton (Livraria Paulus São Luis) e Magnólia (Arquidiocese de são Luis).

O encontro iniciou na sexta-feira com a chegada do clero, religiosas, religiosos, seminaristas, membros da varias paróquias da diocese, pastorais, grupos, serviços, movimentos eclesiais e novas comunidades. Após o jantar, com a oração inicial e acolhida do Bispo Dom João Kot, OMI, iniciaram os trabalhos e introdução do tema a ser estudado e discutido nos dias posteriores.

No segundo dia de encontro (Sábado), foram estudadas no plenário e nas reuniões em grupos as propostas do tema da assembleia. O Seminário Maior Dom Guido Maria Casullo apresentou sua realidade e aproveitou a oportunidade para agradecer ao clero e a todo o povo de Deus das paróquias comunidades pelo apoio ajuda orações e incentivo na caminhada dos seminaristas maiores da nossa diocese.

A Pastoral da Pessoa Idosa (PPI) também teve sua participação, apresentando sua estrutura e objetivos na missão, especialmente na promoção da dignidade dos idosos a ela confiados.

Após as ultimas reuniões e debates em grupos e categorias houve um momento de alegria, interação e confraternização entre o clero, religiosos e todos os representantes das forças vivas da igreja particular de Zé Doca, encerrando assim as atividades do segundo dia de trabalhos.

As atividades do domingo iniciaram com a Santa Missa da Solenidade de Todos os Santos, presidida por Dom João Kot e concelebrada pelos padres presentes. Na oportunidade foram apresentadas á diocese as Irmãs Missionárias do Santo Nome de Maria, que estavam em visita ás nossas terras maranhenses para melhor conhecer nossa realidade eclesial e missionária.

Para encerrar as atividades da Assembleia foram encaminhadas as datas da agenda diocesana com os eventos do ano 2017, assim como as comunicações e avisos. Após a oração final e benção de envio, o encontro foi encerrado com um almoço de despedida.

Suplicamos as bênçãos de Deus por intercessão do glorioso Santo Antonio, Patrono de nossa Igreja Particular, bem como a intercessão da Santíssima Virgem Maria, Mãe de Misericórdia sobre todas as paróquias, expressões e carismas presentes em nossa Diocese.

Luis Henrique Nina Baltazar
Seminarista 3º Ano de Teologia